domingo, 19 de julio de 2009

11.07

"(...) apetece como um barco (...)"

Dá a surpresa de ser.
É alta, de um louro escuro.
Faz bem só pensar em ver
Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem
(Se ela estivesse deitada)
Dois montinhos que amanhecem
Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco
Assenta em palmo espalhado
Sobre a saliência do fIanco
Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco.
Tem qualquer coisa de gomo.
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?

(Fernando Pessoa, 1888-1935, Portugal





Y la alegría de ella era la mía, desde su casa... de dos plantas junto a la bahía, verde, verde como su boca, como su gozo, como sus manos siempre inundadas. Vergel de lluvia y vida.Muito amor. El disfrute de la vida decía. Mariana.

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Puente de Toledo (Madrid) año Mari-Castaño
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